Domingo, 14|02|2010
TEMPO COMUM
LEITURA - Jeremias 17,5-8
SALMO - 1 "Feliz quem não anda pelo caminho dos pecadores."
LEITURA - 1Coríntios 15,12.16-20
EVANGELHO - Lucas 6,17.20-26
REFLEXÃO
"Felizes os pobres, porque deles é o Reino dos Céus."
Enquanto Mateus apresenta a proclamação das bem-aventuranças bem no início do ministério de Jesus, na Galileia, logo após o chamado dos quatro primeiros discípulos, em Lucas esta proclamação é situada após alguns milagres, atritos com os fariseus, o chamado de Mateus e a escolha dos Doze apóstolos. Em Mateus a proclamação se faz no alto de uma montanha, apenas ao grupo de discípulos, e é dirigida a "eles". Em Lucas ela é feita em um lugar baixo e plano, aos discípulos e a uma grande multidão, sendo dirigida a "vós". Em Mateus as bem-aventuranças referem-se a disposições morais dos ouvintes, tendo em vista construir relações exemplares nas comunidades.
Temos quatro bem-aventuranças que não estão em Lucas (mansidão, misericórdia, pureza de coração e promoção da paz). Estas se relacionam com categorias da tradição profética de Israel. Mateus as introduz em razão de sua comunidade de origem hebreia.
As quatro bem-aventuranças de Lucas exprimem situações objetivas de exclusão: pobreza, fome, lágrimas e perseguições. Elas estão mais próximas das fontes da tradição. Os pobres são os destinatários das bem-aventuranças. Eles são as vítimas da sociedade exploradora e excludente. São famintos e aflitos. A sua situação de dependência estrutural dos ricos e poderosos faz com que eles vivam na insegurança do dia a dia, passando frequentes necessidades, na angústia. A sua bem-aventurança decorre do encontro com o amor regenerador da vida, em Jesus. E, também, da esperança da transformação de suas vidas, integradas em uma nova sociedade.
A pobreza da bem-aventurança é a pobreza assumida em razão da libertação das seduções do dinheiro, da sociedade consumista. Os ricos são os beneficiários de tal tipo de sociedade. Uma das características do Evangelho de Lucas é a denúncia da divisão socioeconômica entre pobreza e riqueza. Assim, às quatro bem-aventuranças dos pobres ele acrescenta os quatro "ais" dirigidos aos ricos.
Viver as bem-aventuranças é ser como a árvore viçosa à beira d'água (primeira leitura), é participar já da vida eterna (ressurreição - segunda leitura) presente em Jesus desde seu nascimento.
Temos quatro bem-aventuranças que não estão em Lucas (mansidão, misericórdia, pureza de coração e promoção da paz). Estas se relacionam com categorias da tradição profética de Israel. Mateus as introduz em razão de sua comunidade de origem hebreia.
As quatro bem-aventuranças de Lucas exprimem situações objetivas de exclusão: pobreza, fome, lágrimas e perseguições. Elas estão mais próximas das fontes da tradição. Os pobres são os destinatários das bem-aventuranças. Eles são as vítimas da sociedade exploradora e excludente. São famintos e aflitos. A sua situação de dependência estrutural dos ricos e poderosos faz com que eles vivam na insegurança do dia a dia, passando frequentes necessidades, na angústia. A sua bem-aventurança decorre do encontro com o amor regenerador da vida, em Jesus. E, também, da esperança da transformação de suas vidas, integradas em uma nova sociedade.
A pobreza da bem-aventurança é a pobreza assumida em razão da libertação das seduções do dinheiro, da sociedade consumista. Os ricos são os beneficiários de tal tipo de sociedade. Uma das características do Evangelho de Lucas é a denúncia da divisão socioeconômica entre pobreza e riqueza. Assim, às quatro bem-aventuranças dos pobres ele acrescenta os quatro "ais" dirigidos aos ricos.
Viver as bem-aventuranças é ser como a árvore viçosa à beira d'água (primeira leitura), é participar já da vida eterna (ressurreição - segunda leitura) presente em Jesus desde seu nascimento.
Autor: José Raimundo Oliva
Oração
Espírito de autenticidade,
move-me sempre a assumir
a verdadeira atitude de discípulo,
que centra sua vida no projeto do Pai,
e só por ele será recompensado.
Espírito de autenticidade,
move-me sempre a assumir
a verdadeira atitude de discípulo,
que centra sua vida no projeto do Pai,
e só por ele será recompensado.
Fonte
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx?Data=08%2f02%2f2010&EvangelhoID=3253