Domingo, 21|03|2010
TEMPO DA QUARESMA
LEITURA - Isaías 43,16-21
SALMO - 126(125) "Nossa língua cantava de alegria."
LEITURA - Filipenses 3,8-14
EVANGELHO - João 8,1-11
REFLEXÃO
"O amor misericordioso."
Há um consenso em que esta narrativa foi tardiamente anexada ao Evangelho de João, possivelmente depois do século III, pois se diferencia no vocabulário e no estilo de João. Em algumas cópias posteriores a este século ela aparece inserida também no Evangelho de Lucas. Tratar-se-ia de uma piedosa inserção, tendo em vista que a misericórdia de Jesus nela expressa adapta-se bem ao espírito do Evangelho de João. Conforme a tradição da Torá, em Lv 20,10, a pena de morte devia ser aplicada quando um homem cometia adultério com a mulher de outro homem, e os dois adúlteros deviam morrer.
Na visão patriarcal e machista estaria, assim, ferida a honra do marido. Um homem casado poderia adulterar com uma mulher solteira, sem preocupar-se com a honra de sua esposa. Como o adultério implica parceria, deveriam ter trazido a Jesus tanto a mulher casada como o homem que adulterou com ela. Após a observação de Jesus, todos renunciam a apedrejá-la. No mal que atinge alguma pessoa pode-se considerar que há, de alguma maneira, uma responsabilidade de todos. Nesta narrativa, em sua singeleza, encontramos a expressão do amor misericordioso de Deus. A manifestação deste amor, em Jesus, é a essência da revelação. Mais do que as censuras, é o amor misericordioso a alguém que toca seu coração e o motiva à conversão. Na prática misericordiosa de Jesus, "coisas novas" (primeira leitura) nos são reveladas. Conhecer Jesus (segunda leitura) é experimentar a sua misericórdia e tornar-se, também, misericordioso.
Na visão patriarcal e machista estaria, assim, ferida a honra do marido. Um homem casado poderia adulterar com uma mulher solteira, sem preocupar-se com a honra de sua esposa. Como o adultério implica parceria, deveriam ter trazido a Jesus tanto a mulher casada como o homem que adulterou com ela. Após a observação de Jesus, todos renunciam a apedrejá-la. No mal que atinge alguma pessoa pode-se considerar que há, de alguma maneira, uma responsabilidade de todos. Nesta narrativa, em sua singeleza, encontramos a expressão do amor misericordioso de Deus. A manifestação deste amor, em Jesus, é a essência da revelação. Mais do que as censuras, é o amor misericordioso a alguém que toca seu coração e o motiva à conversão. Na prática misericordiosa de Jesus, "coisas novas" (primeira leitura) nos são reveladas. Conhecer Jesus (segunda leitura) é experimentar a sua misericórdia e tornar-se, também, misericordioso.
Autor: José Raimundo Oliva
Oração
Pai,
tira do meu coração a maldade e a hipocrisia
que me tornam juiz iníquo do meu semelhante,
não me permitindo ver a necessidade
de pôr em ordem a minha vida.
Pai,
tira do meu coração a maldade e a hipocrisia
que me tornam juiz iníquo do meu semelhante,
não me permitindo ver a necessidade
de pôr em ordem a minha vida.
Fonte
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx?Data=22%2f03%2f2010&EvangelhoID=3314