Após a partilha dos pães e a referência ao maná, pão do céu, João narra a autoproclamação de Jesus: "Eu sou o pão da vida". Depois desta, vamos encontrar mais seis autoproclamações: Eu sou... a luz do mundo, a porta, o bom pastor, a ressurreição e a vida, o caminho, a verdade e a vida, a videira verdadeira. É uma linguagem simbólica com imagens tradicionais de Israel. O acento em "Eu sou" coloca Jesus como objeto do crer. Crer em Jesus significa adesão a ele, e não assimilação de uma doutrina. Jesus já havia declarado: "É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu". E este pão é o próprio Jesus, que é o pão da vida. Comer deste pão significa assimilar seu amor e seu exemplo de serviço, partilha e dom da vida. O próprio Jesus é o grande sinal, porém, muitos que o viram não creram nele. Mas ele convida e acolhe a todos. A conclusão constitui a essência do Evangelho: a vontade do Pai, ao enviar o Filho, é a de que, quem vê o Filho, suas palavras e ações, e nele crê, seguindo seus passos, tenha vida eterna.

Oração

Pai,
transforma-me em discípulo autêntico
de teu Filho Jesus,
de modo que a tua vontade
seja o centro de minha existência,
e eu experimente, já na terra, a vida eterna.