Domingo, 22|02|2009
7º DOMINGO DO TEMPO COMUM
LEITURA - Isaías 43,18-19.21-22.24b-25
SALMO - 41(40) "Seja bendito o Senhor, Deus de Israel, desde sempre e para sempre."
LEITURA - 2Coríntios 1,18-22
EVANGELHO - Marcos 2,1-12
REFLEXÃO
"Quem pode perdoar pecados senão Deus?"
Marcos, nesta narrativa rica em detalhes, de início realça que Jesus "anunciava a palavra" à multidão que enchia sua casa. É próprio deste evangelista o destaque maior à palavra de Jesus, que liberta e comunica vida. Entra em cena um paralítico, carregado por quatro homens, e segue a cena pitoresca da sua descida, deitado na maca, por um buraco feito no teto da casa. Jesus é tocado pela fé, não só do paralítico, mas também daqueles que o acompanhavam.
O paralítico, portador de uma defi ciência física, era considerado doente. E a doença, atribuída a um castigo divino, em conseqüência de algum pecado cometido. Esta compreensão, com respaldo em várias passagens do Primeiro Testamento, era fundamentada na teologia da retribuição: o Altíssimo premia com riqueza e saúde os justos e castiga com pobreza e doença os pecadores. No Livro de Jó, o autor faz uma tentativa de reverter esta visão. O pecado introduzido no livro de Gênesis, na narrativa de Adão e Eva no paraíso, é essencialmente um ato de desobediência a Deus. E é com esta característica radical que aparece ao longo do Primeiro Testamento (e transparece na primeira leitura). Na religião de Israel, Deus é apresentado como aquele que está presente no templo de Jerusalém e se manifesta através da Lei, com suas centenas de preceitos minuciosos, sob controle da casta religiosa. A desobediência a este poder religioso passa a ser a desobediência a Deus, passa a ser pecado. E o povo humilde e oprimido era, comumente, enquadrado como pecador.
Jesus, diante daquele paralítico, prioriza a sua libertação da condição humilhante e excludente de "pecador". E a libertação de sua paralisia segue-se como sinal exterior de sua dignidade restaurada.
O paralítico, portador de uma defi ciência física, era considerado doente. E a doença, atribuída a um castigo divino, em conseqüência de algum pecado cometido. Esta compreensão, com respaldo em várias passagens do Primeiro Testamento, era fundamentada na teologia da retribuição: o Altíssimo premia com riqueza e saúde os justos e castiga com pobreza e doença os pecadores. No Livro de Jó, o autor faz uma tentativa de reverter esta visão. O pecado introduzido no livro de Gênesis, na narrativa de Adão e Eva no paraíso, é essencialmente um ato de desobediência a Deus. E é com esta característica radical que aparece ao longo do Primeiro Testamento (e transparece na primeira leitura). Na religião de Israel, Deus é apresentado como aquele que está presente no templo de Jerusalém e se manifesta através da Lei, com suas centenas de preceitos minuciosos, sob controle da casta religiosa. A desobediência a este poder religioso passa a ser a desobediência a Deus, passa a ser pecado. E o povo humilde e oprimido era, comumente, enquadrado como pecador.
Jesus, diante daquele paralítico, prioriza a sua libertação da condição humilhante e excludente de "pecador". E a libertação de sua paralisia segue-se como sinal exterior de sua dignidade restaurada.
Fonte
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx?Data=13%2f02%2f2009&EvangelhoID=2850