Domingo, 01|02|2009
4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

LEITURA - Deuteronômio 18,15-20
SALMO - 95(94) "Vinde, exultemos no Senhor."
LEITURA - 1Coríntios 7,32-35
EVANGELHO - Marcos 1-21-28

REFLEXÃO

"Todos se maravilham de sua doutrina e ensinava como quem tem autoridade."

O Evangelho de Mateus (4,13) afirma que Jesus, após ter recebido o batismo de João, iniciando seu ministério, mudou-se para Cafarnaum, a 35 quilômetros de Nazaré. Cafarnaum foi escolhida como o centro de irradiação da atividade missionária de Jesus na Galiléia e nas demais regiões gentílicas vizinhas. Esta cidade situava-se à margem do lago da Galiléia, mais comumente chamado de mar da Galiléia nos Evangelhos de Marcos e Mateus. Era um porto com um comércio desenvolvido, que abrangia também as trocas comerciais entre as populações dos territórios gentios do outro lado do lago. Ao lado da população gentílica aí concentrada, a população judaica na cidade era numerosa, o que justificava a existência de uma sinagoga local.

Com esta narrativa, Marcos apresenta a ação inaugural do ministério de Jesus, após o chamado dos quatro primeiros discípulos. É significativo que esta ação inaugural seja o primeiro embate entre Jesus e a estrutura religiosa do judaísmo de seu tempo, no espaço da sinagoga. Além da dominação e opressão política do Império Romano, o povo estava também sujeito à dominação e opressão ideológico-religiosa das sinagogas e do templo de Jerusalém. Fica assim caracterizada a ação libertadora de Jesus.

A narrativa acentua o ensinamento de Jesus, com autoridade. Isto significa que o "espírito impuro" é afastado por tal ensinamento. É o "espírito impuro" da doutrina presente na sinagoga que discrimina e oprime o povo. A palavra de Jesus é motivo da admiração de todos e da difusão de sua fama em toda a Galiléia. O destaque está na palavra libertadora e amorosa, e não no poder; e o povo acolhe esta palavra.

Na primeira leitura, do livro do Deuteronômio, Moisés, em seu discurso, menciona que Javé enviará um profeta como ele. Esta fala não se associa a nenhuma figura determinada, tendo, então, na tradição, sido associada a Jesus, caracterizado como um novo Moisés. Na segunda leitura, o apóstolo Paulo faz a apologia do celibato como condição favorável ao serviço de Deus.

Fonte - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx?Data=28%2f01%2f2009&EvangelhoID=2828