Domingo 02/03
4° Domingo da Quaresma
Primeira Leitura: 1 Samuel 16,1b.6-7.10-13ª
Salmo: 22(23)
Segunda Leitura: Efésios 5,8-14
Evangelho: João 9,1-41 ou breve: 9,1.6-9.13-17.34-38
Comentário
“Aquele homem chamado Jesus fez lama, ungiu olhos e disse-me: Vai à piscina de Siloé e lava-te. Fui, lavei-me e fiquei curado.”
Para São João a cura cego de nascença e um sinal, isto é, uma realidade mais profunda. Jesus se revela como luz do mundo, ele é a luz do mundo. A cura desse cego está ligada à declaração de Jesus que fez um pouco antes na narrativa do evangelho, em 8,12 “Eu sou luz do mundo.” A história do cego de nascença é um símbolo da história de cada um de nós. Não se trata apenas da cegueira física, mas da escuridão que envolve a vida de tantos homens.
Essa cegueira nos coloca o problema do sofrimento, das limitações humanas e a situação de necessidade de cada homem. A luz vence as trevas. A vida que brilha como luz faz parte do projeto divino desde a criação, mas a maioria dos homens (o mundo) a rejeitou. Esse projeto divino se encarna em Jesus. A rejeição de Jesus pelos judeus é cegueira, ausência de luz.
O cego, por outro lado, sai das trevas para luz, compreendendo e aderindo á vida contida no projeto de Deus. Na verdade, quanto mais nos aproximamos da luz, que é Cristo, mais nos tornamos pessoas. Desse modo, a luz que brilha em Cristo torna-se acessível á aqueles que se abrem para recebê-la. O cego e alguém que está à margem da sociedade. Jesus Cristo o reintegra.
Jesus é a luz que penetra na vida dos homens e das mulheres e os fazem enxergar o próprio Deus. Uma luz que pode também ofuscar e cegar aqueles que o recusam. Cristo é a plenitude do homem. Diz Leonardo Boff: “Jesus era tão humano que só podia ser Deus”
Fonte: Agenda Bíblica 2008