3º Domingo da Quaresma
1ª leitura: Êxodo 17, 3-7
Salmo: 94(95), 8
2ª leitura: Romanos 5,1-2, 5-8
Evangelho: João 4, 5-42 ou breve 4, 5-15. 19b-26.39.40-42
“Senhor, vejo que és profeta!”
A liturgia desse domingo traduz muito bem o tempo penitencial e catecumenal da Quaresma. A temática é a da água, transformando-se num fio condutor com que se descreve o itinerário do homem desde a sua sede até a fonte que contem água viva, a vida. A finalidade desse texto é quebrar as barreiras que impedem os homens de se relacionarem. Essas barreiras podem ser de ordem religiosa, política e econômica. Jesus fecha a questão dizendo que chegara a hora dos verdadeiros adoradores de Deus, que irão adorar a Deus em espírito e verdade.
A Samaritana somos todos nós, sedentos em busca da fonte de onde podemos “tirar água”. Ela conhece o dom de Deus, acolhe a água viva, tem fé em Jesus, tem o amor de Deus derramado em seu coração na medida em que passa por uma transformação e conversão profundas. No dialogo de Jesus com a samaritana brotam afirmações básicas para quem quer segui-lo de perto: a) Jesus é a novidade absoluta. Não veio apenas para aperfeiçoar ou corrigir o que já existia, mas proclamar inicio de uma relação nova e profunda entre Deus e o homem; b) Jesus traz a verdade, isto é, a realidade anunciada por essa figura, o culto autentico e definitivo revela-se na pessoa de Jesus; c) o primeiro passo da fé é reconhecer a superioridade de Jesus sobre as leis, patriarcas e profetas de ontem, de hoje e da atualidade.
Essa presença de Jesus perto do homem é viva e até incômoda porque ele questiona a vida humana e não permite que o homem pergunte por Deus sem se interrogar sobre o próprio modo de viver.
A samaritana era humilde ela mesma cuidava dos seus afazeres domésticos. Seu nome não aparece; não importa aqui descobrir seu nome, pois os mais importantes para Deus são: os atos de fé na graça do Senhor.