A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou em todo país, na quarta-feira de cinzas, mais uma Campanha da Fraternidade. O tema deste ano é “Fraternidade e defesa da vida”, motivada pelo lema “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30, 19). Trata-se de um convite a cristãos e não cristãos a fazerem uma opção firme e consciente a favor da vida, desde a concepção até seu declínio natural.A intenção não é tratar a questão da vida de modo amplo, englobando até aspectos relativos à ecologia, mas centrar esforços na reflexão e discussão de questões que atinjam diretamente a vida humana enquanto dom de Deus e pela qual todos devemos fraternalmente nos responsabilizar.
A CF deste ano quer priorizar a defesa da vida como valor incondicional e inviolável, que não pode ser reduzida à sua dimensão biológica. O que se pretende, portanto, é lançar um olhar integral sobre a pessoa humana, contrapondo-se ao avanço de uma mentalidade individualista e utilitarista, que se vale muitas vezes do desenvolvimento da ciência e da técnica para promover novas violações da vida. “O aborto e a eutanásia, que não só vêm sendo praticadas clandestinamente como também passaram em muitos países a serem intervenções lícitas, são apenas dois exemplos disso”. Há, no entanto, muitos outros desafios a serem enfrentados nos campos da reprodução assistida, das pesquisas com células-tronco e na esfera da biotecnologia.
Objetivos específicos apontados pelo texto base:
1 – “Desenvolver uma concepção de pessoa (antropologia integral) capaz de fundamentar adequadamente, sem reducionismos, as ações em defesa da vida humana”.
2 – “Fortalecer a família como espaço primeiro da defesa da vida, através da maternidade e da paternidade responsáveis, do acolhimento aos idosos, doentes e sofredores”.
3 – “Fomentar a cultura da vida por meio da educação, para o desenvolvimento da plena afetividade, a co-responsabilidade entre o homem e mulher, e a solidariedade entre todos”.
4 – “Trabalhar em unidade com pessoas de diversas posições culturais e diferentes religiões na busca da promoção da vida”.
5 – “Desenvolver nas pessoas a consciência crítica diante das estruturas que gera morte e promovem a manipulação e comercialização da vida humana”.
6 – “Propor e apoiar políticas públicas que garantam a promoção e defesa da vida”.
Pe. Alessandro Alves Cardoso
Seminário sobre a CF 2008, 10 de fevereiro (Centro Pastoral Arquidiocesano)
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